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AMOR NATURAL CULINÁRIA

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quarta-feira, dezembro 28, 2005

ESPERANDO O ANO NOVO - TRADIÇÕES - CHRONOS!!


Esperando o Ano Novo

"Ano Velho, Nunca mais veremos.
Ano novo,Logo receberemos...
Vê, vê o que nos
fez o bondoso Deus."

Virgília Peixoto

Uma canção que começa assim marcou as festas de um fim de ano de minha casa.
Havia um misto de dor, tristeza e alegria.
À meia-noite, quando os anjos sobem aos céus para louvar a Deus, todos os familiares estavam juntos, para receber o Ano Novo, sempre representado por uma criança recém-nascida e o Ano Velho, por um velhinho com feições suaves.
É impossível salientar, em tão pequeno espaço, a riqueza de manifestações culturais referentes à passagem do Ano Novo.
Variam de uma cultura a outra, mas sabe-se que sua comemoração é universal.
As diversas civilizações conheceram diferentes calendários.

Com a adoção do calendário gregoriano, o 1º de janeiro passou a ser reconhecido universalmente, não sem dificuldades, como no caso do sistema decimal.
É evidente que o tempo é o grande homenageado.

O velho deus CHRONOS.
CHRONOS.

Mais que o simbolismo geral de Saturno, nos referimos aqui às imagens do tempo, derivadas dos Orientais, tão frequentes, no Baixo Império Romano.
Em algumas representações aparecem com quatro asas, duas estendidas como se estivessem a voar e duas presas como se permanecessem quietas, aludindo, assim, ao dualismo do tempo como transcurso e como êxtase.
Também se lhe atribuem quatro olhos, dois na frente e dois atrás, símbolo de simultaneidade e do presente entre o passado e o futuro, sentido que possuem também os rostos de Jano.
Mais característico é o CHRONOS mitraico, deificação do tempo infinito, que deriva do Zervan Akarena dos persas. Sua figura é humana e rígida, às vezes bisómata (cabeça de leon).
Quando tem cabeça humana, a testa de leão aparece situada sobre o peito.
O corpo da efígie aparece envolto nas cinco voltas de uma enorme serpente (de novo o sentimento dual do tempo: o transcurso enroscado à eternidade), que , segundo Macróbio, representa o curso do Deus na elíptica do tempo.
O leão, em geral, é associado aos cultos solares e o emblema do tempo enquanto representa sua destruição e a devoração. (CIRLOT, 1968).
E, neste simbolismo do Deus CHRONOS, os rituais do Ano Novo se revestem na época atual de uma magia e encantos comemorativos da sua chegada.
A magia e ritual envolvem aspectos culturais que vão desde a mesa, com suas comidas especiais, às vestimentas, à casa, ao espírito de paz e alegria, finalmente, à situação financeira.
Comecemos pela mesa.

Antes da meia noite do dia 31 de dezembro, a dona da casa tem que pegar doze uvas tipo moscatel e dividí-las entre doze pessoas da família.
Quando o relógio marcar meia-noite, as doze pessoas reunidas farão um pedido a Jesus Cristo e seus doze apóstolos:
"Que assim como o ano tem doze meses, que durante o ano de 1990 não nos falte saúde, prosperidade, paz e dinheiro".
Logo que as doze pessoas fizerem o pedido, deverão mastigar a uva e guardar os caroços na carteira, no bolso ou na bolsa durante todo o próximo ano.
Na antiga Grécia,

"os comerciantes celebravam festas em honra ao deus Mercúrio no dia 15 de maio e lhe ofereciam, para o sacrifício, uma porca prenhe, rogando ao mesmo proteção aos seus negócios e perdão de suas velhacarias".(César, Getúlio, 1975).
Talvez exista alguma raiz deste ritual num costume muito conhecido do povo pernambucano, provavelmente, do brasileiro em geral, que é comer carne de porco no dia do Ano Novo.

Segundo o povo, o porco é um animal que fuça a comida empurrando-a pra frente, significando que dá boa sorte, porque bota pra frente.
Ao mesmo tempo o povo não come bode e galinha porque dão azar, não chamam dinheiro. Quanto ao bode, as superstições continuam até depois de morto, de vez que não é bom
ter couro de bode em casa, pois dá bastante azar.
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