TUDO SOBRE VINHOS - INTRODUÇÃO / CULINÁRIA
Fleming disse:"A penicilina cura a humanidade, mas o vinho contribui para a sua felicidade."
Abaixo uma poesia sobre VINHO E AMOR e acima
No Rio Grande do Sul concentra-se mais de 90% da produção vinícola do país e lá estão as melhores vinícolas brasileiras. A maior parte destas vinícolas está localizada na Serra Gaúcha região de montanha ao norte no estado, destacando se as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul, seguidas de Flores da Cunha, Farroupilha e Canela, e o restante em Erexim, no noroeste do estado; Jaguari, no sudoeste; Viamão e São Jerônimo, no centro-leste; Bagé, Don Pedrito, Pinheiro Machado e Santana do Livramento, no extremo sul.
Uma pequena parte restante dos vinhos brasileiros é proveniente de diminutas regiões vitivinícolas situadas nos estados de Minas Gerais (municípios de Andradas, Caldas, Poços de Caldas e Santa Rita de Caldas), Paraná , Pernambuco (Santa Maria da Boa Vista e Santo Antão), Santa Catarina (Urussanga) e São Paulo (Jundiaí e São Roque). No entanto, essas regiões cultivam quase que exclusivamente uvas americanas (Isabel, Niagara, etc.) que originam apenas vinhos de categoria inferior. Algumas vinícolas começaram a produzir vinhos elaborados com uvas européias, mas até agora não convenceram. Esperamos que, com seriedade, trabalho e tecnologia, essas regiões possam, pelo menos a longo prazo, oferecer vinhos de boa qualidade.
No quadro vinícola descrito para as regiões fora do Rio Grande do Sul, existe uma feliz exceção situada no Nordeste brasileiro. É o promissor Vale do rio São Francisco, no nordeste brasileiro, especialmente na cidade de Santa Maria da Boa Vista, próxima de Petrolina e Juazeiro, na fronteira de Pernambuco e Bahia.
Os vinhos devem fazer uma parceria perfeita com os pratos para que ambos tenham as qualidades ressaltadas. Combinar vinhos com comida é um dos grandes temores de quem está se iniciando na arte da degustação. Mas não existem grandes mistérios.
Segundo o enófilo e diretor da Academia do Vinho, Carlos Arruda, o bom senso é fundamental. Uma comida gordurosa cai melhor com um vinho mais ácido, já uma refeição leve e de sabor suave pede um vinho de mesma intensidade para que um não prevaleça sobre o outro. "O acompanhamento ou o molho são mais determinantes na escolha do vinho do que o tipo de alimento. Uma massa, teoricamente, pede vinho tinto, mas se o molho for branco, a combinação fica melhor com vinho branco", diz o especialista.
Com o tempo, a harmonização entre bebida e alimento fica mais evidente. Até isso acontecer, vale usar as "regrinhas" pré-fabricadas para evitar gafes. Confira as sugestões do enófilo:
Aperitivo
• Vinho branco seco ou vinho fortificado seco. Exemplos: Porto White ou Dry White, Jerez Fino, Manzanilla ou Amontillado, Madeira Sercial, Marsala seco etc.
• Espumante Brut. Exemplos: Champagne, Sekt, Cava, Blanquete de Limoux, Champanha etc.
• Vermute seco
Sobremesa
• Vinho branco doce de qualidade. Exemplos: Sauternes, Alsace, Vendange Tardive, Séletion de Grains Nobles, Tokay e os alemães com os predicados "mit Predikat": Auslese, Beerenauslese, rockenbeerenauslese e Eiswein.
• Vinho fortificado Demi-sec ou doce
Exemplos: Porto, Ruby, Tawny, LBV, Vintage, Jerez (Amoroso, Oloroso ou Cream); Madeira (Verdelho, Boal ou Malmsey), Moscatel de Setúbal, Banyuls, Moscato d'Asti, Banyuls, Marsala, Málaga (Lagrima Christi) etc.
• Espumante Demi-sec ou doce Exemplos: Asti (italiano), Cava (espanhol), Champagne Doux (francês), Sekt Suß (alemão), Blanquete de Limoux (francês) e outros espumantes.
Digestivo
• Repete os ideais para aperitivos e sobremesas. Destilados de uva, Cognac, Armagnac e Marc (franceses), Bagaceira (portuguesa), Grapa (italiana) etc.
Refeições
• Peixes e frutos do mar grelhados ou em molho leve: Espumante brut ou demi-sec ou branco seco frutado jovem ou levemente maduro
• Em molho forte: Branco maduro de boa estrutura ou rosé seco de qualidade ou tinto jovem de médio corpo
• Bacalhau: Tinto jovem ou de médio corpo ou branco maduro;
• Anchova, atum, salmão e sardinha: Tinto jovem ou de médio corpo ou branco maduro ou rosado
• Carnes brancas grelhadas ou em molho leve: Espumante brut ou branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou tinto jovem ou de médio corpo
• Grelhadas em molho forte: Tinto maduro de médio corpo a robusto
• Caças de penas, pato e coq au vin: Tinto maduro de médio corpo a robusto
• Peru: Tinto leve ou médio ou branco seco
• Foie gras: Branco doce de alto nível (Sauternes, Tokay etc.) ou fortificado doce (Porto Vintage etc.) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimé etc.)
• Carnes vermelhas grelhadas ou em molho leve: Espumante brut ou tinto jovem leve ou de médio corpo
• Em molho forte: Tinto maduro de médio corpo a robusto
• Caças de pêlo: Tinto maduro robusto
• Massas em molho leve ou branco: Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de médio corpo
• Em molho condimentado ou vermelho: Espumante brut ou tinto maduro de médio corpo a robusto
• Queijos
- Fresco de massa mole (Frescal, Ricota, Requeijão): Branco ou tinto jovem e leve
- Fresco de massa filada (Mozzarela): Branco ou tinto jovem e leve
- Maturado de massa mole (Brie, Camambert e Coulommiers): Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado
- Maturado de massa filada (Provolone): Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido
- Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut): Tinto maduro de bom corpo
- Maturado de massa cozida (Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Danablue): Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou fortificado doce
- Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut): Tinto jovem ou pouco velho
- Maduro de massa dura (Parmesão, Pecorino): Tinto maduro robusto ou fortificado
* Observação:
Os espumantes de qualidade, em especial os Champagnes, combinam com todos os tipos de queijo.
Alimentos que não combinam com vinho
• Temperos acentuados: curry, dendê, shoyu, wasabi etc.
• Alimentos ácidos: vinagre, limão, laranja, grapefruit, kiwi etc.
• Verduras e legumes: alcachofra, aspargo, couve etc.
• Outros: ovo, chocolate, sopa, feijoada etc.
Como escolher seu Vinho? (Resumo)
Veja abaixo as concordâncias corretas para suas receitas.
APERITIVO
• Brancos secos
• Brancos macios
• Tintos leves
• Espumantes
• Champagne
• Vinhos doces e vinhos de licor
ENTRADAS FRIAS, SALADAS
• Brancos secos
• Rosés secos
• Rosés meio-secos
ENTRADAS QUENTES, PIZZA, QUICHES
• Brancos secos
• Rosés secos
• Tintos leves
MARISCOS, FRUTOS DO MAR
• Brancos secos
• Brancos macios
• Rosés secos
• Espumantes
• Champagne
CHARCUTARIA
• Brancos secos
• Rosés secos
• Tintos leves
• Rosés meio-secos
FOIE GRAS
• Brancos macios
• Tintos encorpados
• Espumantes
• Champagne
• Vinhos brancos doces ex.Sauternes
PEIXES GRELHADOS
• Brancos secos
• Brancos macios
• Tintos leves • Espumantes
• Champagne
• Rosés secos
PEIXES COM MOLHO
• Brancos secos
• Brancos macios
• Tintos leves • Espumantes
• Champagne
• Rosés secos
CARNES BRANCAS, AVES
• Brancos secos
• Rosés secos
• Tintos leves
• Espumantes
• Champagne
CARNES VERMELHAS GRELHADAS
• Tintos encorpados
• Espumantes
• Tintos leves
CARNES VERMELHAS COM MOLHO
• Tintos encorpados
• Espumantes
• Tintos leves
CAÇA
• Tintos encorpados
• Espumantes
QUEIJOS SUAVES
• Brancos secos
• Rosés meio-secos
• Rosés secos • Espumantes
• Champagne
• Tintos leves
QUEIJOS FORTES
• Brancos macios
• Tintos encorpados
• Espumantes
• Vinhos doces
SOBREMESAS (FRUTAS, CREMES)
• Rosés meio-secos
• Espumantes
• Champagne
SOBREMESAS (CHOCOLATES, BOLOS)
• Brancos macios
• Vinhos doces
• Vinhos licorosos
VINHOS
Etiqueta
Verdades e Mentiras
A maior regra na arte de apreciar um bom vinho é que toda a regra - principalmente as conservadoras e não justificadas - podem (e às vezes devem) ser quebradas. Mas, claro, há regras que têm razão de existir. Veja dez dicas para não fazer feio na hora de degustar um vinho:
1. Não existem regras rígidas
Antes de se tornar um expert em vinhos, é preciso saber que não existem regras rígidas para consumi-los. As normas convencionais, citadas em manuais de connaisseur, devem ser consideradas apenas como recomendação - e não como uma imposição. Transgredi-las é possível, sem que isso seja um sacrilégio. Você já deve ter ouvido que, ao contrário dos vinhos brancos, os tintos só podem ser servidos em temperatura ambiente. Esqueça essa. Como no Brasil a temperatura ambiente é normalmente mais alta do que a dos países europeus - mesmo nas estações frias -, vale refrescar o vinho no refrigerador por alguns minutos (mas nunca no freezer ou no congelador).
2. Não escolha vinho no "uni-duni-tê"
Quantas vezes você quis impressionar alguém com um vinho e quebrou a cara? Para não passar por desentendido, o leigo prefere escolher vinhos "no escuro" a pedir uma sugestão ao sommelier. Lembre-se que não há nada mais deselegante que servir vinho sem conhecê-lo. Ninguém tem obrigação de ser uma enciclopédia de enologia - perguntar, porém, não custa nada.
3. Idade não significa qualidade
Quanto mais velho, melhor o vinho. Certo? Não necessariamente. Um vinho ruim pode ficar décadas oxigenando em barris de carvalho e continuará ruim. Quanto aos vinhos reconhecidamente bons, o que vale é ficar atento à safra - é mais importante saber se o ano em que o vinho foi fabricado teve uma boa safra do que sua idade.
4. Preço (também) não significa qualidade
Nunca escolha um vinho só pelo valor estampado na etiqueta. Para vinhos, a relação qualidade e preço nem sempre é válida. Para os leigos, é mais razoável pedir um vinho mais barato - um argentino, um chileno ou um bom nacional - do que tentar impressionar os outros pelo desfalque em sua conta bancária.
5. No restaurante, prove antes de servir
Quando você vai ao restaurante, o garçom sempre serve um pouco de vinho na taça para degustação. Esse não é um ritual injustificado, ao contrário do que possa parecer. Um vinho mal conservado torna-se ácido ou acre - ao prová-lo antes, portanto, estará se salvando de comprar gato por lebre. Ou melhor, vinagre por vinho.
6. Mexer o vinho não é frescura
Você já deve ter visto as pessoas mexerem a taça com o vinho antes de bebê-la - esse, também, não é um ritual injustificado. Ao sacudi-la em movimentos circulares, você está ajudando a oxigenar a bebida, deixando-a com o aroma mais apurado. O macete, porém, deve ser usado de forma criteriosa. Se a garrafa do vinho já estiver aberta em cima da mesa, ele torna-se desnecessário.
Pode acreditar: os connaisseur são terminantemente contras os rituais injustificáveis ao degustar vinhos. Usar uma taça adequada, porém, não se enquadra nessa categoria. Copos para vinho devem necessariamente ter haste e bojo, para que o calor das mãos não altere o sabor da bebida.
Outro detalhe: a taça deve ser necessariamente incolor, para que se possa apreciar a tonalidade da bebida. Pela cor, inclusive, você pode até ter noção da idade do vinho: se sua cor é um vermelho rubi, bem vivo, pode ter certeza de que é um vinho jovem. E se for mais escura, quase acastanhada, trata-se de um vinho mais envelhecido.
8. Vinhos jovens precisam respirar
Lembre-se de que os vinhos jovens (engarrafados recentemente) devem ser abertos uma ou duas horas antes de serem servidos, para que oxigenem, o que melhorará sensivelmente o seu sabor. Já um vinho mais antigo deve ser aberto na hora de servir, pois ele já foi suficientemente oxigenado durante os anos de envelhecimento.
9. Adega não é coleção de vinhos
Conservação é (quase) tudo quando se trata de vinhos. Por isso, se você não tem uma adega em casa, de nada adianta comprar bons rótulos para deixar de "reserva".
10. Vinho deve valorizar o prato
Vinhos brancos são ótimos acompanhamentos para carnes brancas (aves, peixes, crustáceos). Na verdade, o vinho branco pode acompanhar qualquer prato, até mesmo as massas. Ao contrário dos vinhos brancos, os tintos já exigem alguns cuidados. Eles são especialmente recomendáveis para acompanhar queijos, carnes de vaca e de porco, caças, presuntos etc. Mas não devem acompanhar saladas temperadas com vinagre, crustáceos ou pratos com molho branco. Os tintos também não combinam com sobremesas de doces ou chocolate.
DICAS IMPORTANTES NA HORA DA COMPRA:
Infelizmente está chegando o fim desta matéria, e para lhe deixar com mais água na boca ainda sugerimos alguns bons vinhos, por preços acessíveis (de 12,00 a 20,00 reais), que você pode encontrar facilmente nos supermercados da região:
Dentre os nacionais você pode fazer uma boa opção ao escolher os vinhos Salton, Marcus James, Conde de Foucald ou Miolo.
Em se tratando de vinhos estrangeiros sugerimos o tradicional J.P. Chenet da França, Periquita de Portugal e os chilenos Gato Negro, Santa Helena e Concha y Toro.
LINKS IMPORTANTES SOBRE VINHOS:
http://www.bycarmen.com.br/culturaculinariaovinho.htm
http://www.capementelle.com.au
http://www.torres.es/ / http://www.louisjadot.fr%20/
http://www.grand-marnier.com/ / http://www.chandon.com
CURSO COMPLETO DE VINHO - ACESSE: http://basilico.uol.com.br/beber/beber_vi_av.shtml
CULINÁRIA COM VINHO:
Bananas ao Vinho Tinto
Cozinhando com champanhe e vinho
Voltaremos com mais detalhes sobre vinhos, viaje pelos arquivos, já existe muitas postagens sobre o assunto, importantes para um degustador iniciante ou não!
Até breve, abraços, e TIM-TIM!!
4 Comments:
At 4:08 PM, Anônimo said…
nossa.. nota 10000000000000000000 o site! parabens!
At 6:52 PM, Anônimo said…
A materia e MAAAAAAAARA.
At 7:44 PM, Anônimo said…
Tudo mona. Aaaaaaamei.
At 1:16 PM, vinhos de São Roque said…
Convido a todos os apaixonados por vinho a conhecerem nossa loja e degustar os sabores de São Roque!
Confiram: http://www.vinhosdesaoroque.com.br/
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