COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!!
Olá amigos e amigas!! Confesso que os fatos e as notícias sobre a violência contra a mulher ainda me surpreendem! Como é que no Século XXI, ainda se vê e ouve isto?? Vamos divulgar a campanha e nunca nos calar, não temos nada a comemorar neste dia, só lamentar... e muito!!!!
Hoje é o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher - 25/11/2005
Em Brasília, a Organização das Nações Unidas anuncia a criação de um fundo e de uma campanha de conscientização voltada para os homens agressores. Uma nova pesquisa mostra o que pensa a sociedade sobre a violência contra a mulher. A preocupação é mais significativa nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.
Mulheres aprisionadas.
Com medo dos agressores, elas são obrigadas a se esconder em abrigos. Mães que não mostram o rosto e não revelam o nome para fugir da violência. “Na frente de todo mundo ele me ameaça, não importa”, afirma uma delas.
O medo das vítimas não é maior do que a humilhação. “A gente quer gritar, pedir socorro, mas ninguém escuta, não tem lei, não tem nada”, protesta Tuliana Maria de Castro, estudante.
A denúncia tem fundamento.
Segundo o Centro de Valorização da Mulher, em Goiânia, nem sempre o agressor condenado cumpre a pena. “Mesmos o juiz aplicando a pena da doação de cestas básicas, de prestar serviços à comunidade, o juizado não tem estrutura para saber se realmente esse agressor pagou essa cesta básica ou se ele está prestando serviço à comunidade”, avalia Maria das Dores Dolly, presidente do Centro de Valorização da Mulher.
A certeza de impunidade a falta de estrutura são problemas recorrentes.
Em Goiânia já foram registrados este ano quase 5.000 casos de agressão.
Nas regiões Centro-Oeste e Norte nem todas as cidades contam com delegacias especializadas. No entorno de Brasília, Luziânia, com mais 160 mil habitantes, é uma delas.
Em Goiânia um levantamento do Centro de Valorização da Mulher traça um perfil das vítimas: elas têm entre 18 e 24 anos de idade, pouco grau de instrução e não são casadas oficialmente.
A maioria das ocorrências é de ameaça. “Por mais simples que seja ameaça a polícia tem que estar atenta, porque hoje é uma ameaça de morte, mas amanhã essa mulher poderá estar morta”, ressalta Mírian Borges, delegada da Mulher.
Não se antes houver a conscientização e a união da sociedade - e o mais importante, a denúncia.
Dentro ou fora de casa, a violência contra mulher é o problema que mais preocupa as brasileiras, na opinião da maioria dos entrevistados pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Ibope.
Noventa e um por cento consideram muito grave o fato de mulheres serem agredidas por companheiros. Homens e mulheres fazem o mesmo diagnóstico sobre o que gera a violência: 81% acreditam que o uso de bebidas alcoólicas é o fator que mais causa agressão - em segundo lugar está o ciúme.
A pesquisa também aponta que, para a maioria dos entrevistados, nenhuma situação justifica a violência. Apesar disso, no Brasil, pelo menos 6,8 milhões de mulheres com mais de 15 anos já foram vítimas de espancamento.
O maior inimigo das mulheres agredidas é o silêncio.
Para romper esse silêncio e fazer com que as pessoas denunciem a violência, o Fundo das Nações Unidas para a Mulher criou uma campanha que está sendo lançada hoje.
O desafio é arrecadar dinheiro para um fundo que vai será utilizado em ações de combate à violência. “Nosso principal objetivo é jogar para o público a mensagem de que a violência contra a mulher é um crime que precisa ser denunciado e combatido.
E com isso provocar uma mudança social que é urgente no Brasil”, declara Júnia Puglia, vice-diretor do Fundo das Nações Unidas para a Mulher no Brasil.
A campanha vai funcionar como a do câncer de mama. As empresas que aderirem vão criar produtos com a logomarca da iniciativa e o consumidor estará colaborando para diminuir a violência contra mulher.
Acesse o Portal Violência Contra a Mulher da campanha "Onde tem violência todo mundo perde".
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