PAZ - DEPENDE DE CADA UM DE NÓS!! VAMOS MEDITAR!!
Olá amigos, estou estarrecida com a violência no Brasil e no mundo, triste, amedrontada!! Como ainda acreditar que exista AMOR!! COMPAIXÃO!!
Hoje só vou fazer esta postagem, para chamar a atenção de todos para a importância da PAZ em nossas vidas, aquela que começa em nossa casa, no convívio com nossos amigos e semelhantes, e se estende ao mundo inteiro, pois somos todos irmãos!!
Vamos nos unir com a humanidade, e fazer deste nosso país e do mundo UM REFÚGIO DA PAZ!! Beijos a todos!!
OS HOMENS AMAM A GUERRA
(Não sei com que armas os homens lutarão na Terceira Guerra,
mas na Quarta, será a pau e pedra –Einstein )
Os homens amam a guerra. Por isso
se armam festivos em coro e cores
para o dúbio esporte da morte.
Amam e não disfarçam.
Alardeiam esse amor nas praças,
criam manuais e escolas,
alçando bandeiras e recolhendo caixões,
entoando slogans e sepultando canções.
Os homens amam a guerra. Mas não a amam
só com a coragem do atleta
e a empáfia militar, mas com a piedosa
voz do sacerdote, que antes do combate
serve a hóstia da morte.
Foi assim na Criméia e Tróia,
na Eritréia e Angola,
na Mongólia e Argélia,
no Saara e agora.
Os homens amam a guerra
E mal suportam a paz.
Os homens amam a guerra,
portanto,
não há perigo de paz.
Os homens amam a guerra, profana
ou santa, tanto faz.
Os homens têm a guerra como amante,
embora esposem a paz.
E que arroubos, meu Deus! nesse encontro voraz!
que prazeres! que uivos! que ais!
que sublimes perversões urdidas
na mortalha dos lençóis, lambuzando
a cama ou campo de batalha.
Durante séculos pensei
que a guerra fosse o desvio
e a paz a rota. Enganei-me. São paralelas
margens de um mesmo rio, a mão e a luva,
o pé e a bota. Mais que gêmeas
são xifópagas, par e ímpar, sorte e azar
são o ouroboro- cobra circular
eternamente a nos devorar.
A guerra não é um entreato.
É parte do espetáculo. E não é tragédia apenas
é comédia, real ou popular,
é algo melhor que circo:
-é onde o alegre trapezista
vestido de kamikase
salta sem rede e suporte,
quebram-se todos os pratos
e o contorcionista se parte
no kamasutra da morte.
A guerra não é o avesso da paz.
É seu berço e seio complementar.
E o horror não é o inverso do belo
-é seu par. Os homens amam o belo
mas gostam do horror na arte. O horror
não é escuro, é a contraparte da luz.
Lúcifer é Lubel, brilha como Gabriel
e o terror seduz.
Nada mais sedutor
que Cristo morto na cruz.
Portanto, a guerra não é só missa
que oficia o padre, ciência
que alucina o sábio, esporte
que fascina o forte. A guerra é arte.
E com o ardor dos vanguardistas
frequentamos a bienal do horror
e inauguramos a Bauhaus da morte.
Por isso, em cima da carniça não há urubu,
chacais, abutres, hienas.
Há lindas garças de alumínio, serenas,
num eletrônico balé.
Talvez fosse a dança da morte, patética.
Não é . É apenas outra lição de estética.
Daí que os soldados modernos
são como médico e engenheiro
e nenhum ministro da guerra
usa roupa de açougueiro.
Guerra é guerra!
dizia o invasor violento
violentando a freira no convento
Guerra é guerra!
dizia a estátua do almirante
com a boca de cimento.
Guerra é guerra!
dizemos no radar
desgustando o inimigo
ao norte do paladar.
Não é preciso disfarçar
o amor à guerra, com história de amor à pátria
e defesa do lar. Amamos a guerra
e a paz, em bigamia exemplar.
Eu, poeta moderno ou o eterno Baudelaire
eu e você, hypocrite lecteur,
mon semblable, mon frère.
Queremos a batalha, aviões em chamas
navios afundando, o espetacular confronto.
De manhã abrimos vísceras de peixes
com a ponta das baionetas
e ao som da culinária trombeta
enfiamos adagas em nossos porcos
e requintamos de medalha
-os mortos sobre a mesa.
Se possível, a carne limpa, sem sangue.
Que o míssil silente lançado à distância
não respingue em nossa roupa.
Mas se for preciso um banho de sangue
-como dizia Terêncio:-sou humano
e nada do que é humano me é estranho.
A morte e a guerra
não mais me pegam ao acaso.
Inscrevo sua dupla efígie na pedra
como se o dado de minha sorte
já não rolasse ao azar,
como se passasse do branco
ao preto e ao branco retornasse
sem nunca me sombrear.
Que venha a guerra! Cruel. Total.
O atômico clarim e a gênese do fim.
Cauto, como convém aos sábios,
primeiro bradarei contra esse fato.
Mas, voraz como convém à espécie,
ao ver que invadem meus quintais,
das folhas da bananeira inventarei
a ideológica bandeira e explodirei
o corpo do inimigo antes que ataque.
E se ele não atirar primeiro, aproveito
seu descuido de homem fraco, invado sua casa
realizando minha fome milenar de canibal
rugindo sob a máscara de homem.
-Terrível é o teu discurso, poeta!
Escuto alguém falar.
Terrível o foi elaborar.
Agora me sinto livre.
A morte e a guerra
já não podem me alarmar.
Como Édipo perplexo
decifrei-a em minhas vísceras
antes que a dúbia esfinge
pudesse me devorar.
Nem cínico nem triste. Animal
humano, vou em marcha, danças, preces
para o grande carnaval.
Soldado, penitente, poeta
-a paz e a guerra, a vida e a morte
me aguardam
- num atômico funeral.
-Acabará a espécie humana sobre a Terra?
Não. Hão de sobrar um novo Adão e Eva
a refazer o amor, e dois irmão:
-Caim e Abel
-a reinventar a guerra.
Affonso Romano de Sant'Anna
Pacificare
Quero, eu não quis,
eu espero, eu fiz
jeitos de ficar aqui.
Se faço, aconteço,
passo, padeço,
nem mereço um vintém .
Tem uma lua,
caminho em mil nações.
Vivo tempos de tentar,
visto intentos, orações.
Minha rua, ando a pé ,
rio até, eu sei:
eu só tenho fé .
Pronto um gesto a mais
planto um passo a mais
de mudar, não sei, eu sei .
Reza um vento aqui
em minha intenção.
Outro vento ali:
Nasceu.
Eu quero, eu sei.
Pressinto a vibração.
Tanto tempo, tanto faz,
sigo, enfrento e tudo mais,
conto contas de coral,
tento um tento e afinal :
A paz .
Amélia Alves
6 Comments:
At 7:21 PM, Anônimo said…
, agradecido pela visita, volte mais vezes.
obrigado pelas palavras, ah! espero ver umas receitinhas vegetarianas...
paz a todos!!!
At 3:18 AM, Anônimo said…
Oi Virgínia
Bom dia!
É minha amiga, as notícias são assustadoras e cada dia q passa mais nos afastamos da paz. Sei lá isso parece não ter jeito.
Um beijo
At 7:51 AM, Ricardo Rayol said…
Bandido bom é bandido morto. E sou absolutamente contra passeatas pela paz. Fica parecendo um monte de ovelhas pedindo aos lobos que não as comam. Ando meio sumido mas tenho trabalhado bastante e em casa quase não tenho tido oportunidade de me conectar... mas resolvo isso essa semana. bjs
At 9:03 AM, Nath said…
Oi Virgínia!
Ainda bem que existem pessoas que enxergam isso tb1 Não me sinto mais só! ;)
Sou adepta aos enfeites no meu blog não, mas 'axu'(rs) legal nos outros blogs!( na verdade me ta paciência pra enfeitar!
até!
At 10:32 AM, Anônimo said…
olá!
q bom q gostou do meu blog! Fico feliz!
Esse mundo violento está me assustando! Hj recebi uma frase via e-mail q me deixou perplexa:
"Eu posso entrar numa delegacia e matar um policial, mas um policial não
pode entrar na cadeia e me matar, pois é obrigação do Estado me
proteger...".
(Colaboração do lider do PCC MARCOLA, que no momento manda mais no Brasil que o presidente da República)
Acredito que o povo exagera um pouco. Aqui onde moro (interior de São Paulo) foram tantos boatos sobre atentados que o comércio, escolas e faculdades fecharam as portas! Estou horrorizada!
Vamos pesar positivo para que tudo isso termine bem!
um beijo
voltarei mais vezes!
;)
At 5:43 PM, Anônimo said…
Olá!
Sou de Porto Alegre e este é meu blog predileto, depois do blog de meu pimpolho, claro.
Deem uma olhada no blog de meu filho.Se chama Deu no jornal e é ligado à Transparencia Brasil.Tem muita gente boa indignada nesse Brasil.
Um beijo
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