OUTONO - LÁ SE VAI MAIS UMA ESTAÇÃO, VAMOS FALAR AINDA SOBRE ELA!!
O JARDIM NO FIM DO OUTONO
O outono nos reserva uma missão nobre, mas perturbadora, a de julgar e retirar as ervas daninhas do jardim da própria vida. Não é simples, e num sentido maior, sugere também julgar o próprio caminho, nossas escolhas, hábitos e até relacionamentos. `
Pode ser denso e sombrio o sentimento do outono. Passar uma peneira fina na própria vida pode dar medo. Mexe com o apego.
A cada ciclo de estações devemos buscar dentro da gente a generosidade, que é o sentimento a ser enfatizado na primavera, e a justiça, que é o sentimento do outono. A generosidade é essencial para abrir caminhos e suavizar nossos corações. O não julgamento e a aceitação fazem parte da recomendação da primavera, que tem um quê infantil de pureza, que em contrapartida, às vezes nos desprotege. Só aceitando e não julgando, não crescemos.
Mas após a primavera veio a festa do verão e, agora já no fim do outono, temos finalmente que refletir, fazer vários balanços e pesar. O que atrapalha o nosso crescimento deve ser, na medida do possível, afastado de nossas vidas. Se não julgarmos, não cresceremos. Simples? Não.
Mas enquanto buscamos respostas sobre o balanço das questões mais complexas e existênciais de nossas vidas, sugiro que filtremos mais a qualidade do que comemos.
Uma peneira fina nas refeições já é uma excelente medida para quem precisa fortalecer a própria essência e se organizar. Comece pela matéria, ou seja pelo corpo e pela comida.
Na próxima ida ao supermercado escolha alimentos mais saudáveis e diminua os que voce sabe que não lhe fazem bem. Todos nós sabemos o que nos melhora ou piora.
Coma de forma mais saudável pelo menos de segunda a sexta-feira. Nos fins de semana fique mais a vontade, evitando os excessos. A princípio todos podem consumir churrasco, farofa, pizza, bebida alcoólica, refrigerante e sobremesa, dependendo da quantidade e da freqüência.
E, no meio ou final do dia, caso surja alguma melancolia ou sensação de não saber que rumo tomar, sugiro que relaxe bebendo uma xícara de chocolate quente, que aquece a alma e dá alegria à criança adormecida.
A força do outono enfatiza as regras na vida.
O outono focaliza a disciplina e insiste em nos dar direção.
O outono é necessário e a sua concepção severa, na verdade só quer nos dar alegria.
O Relógio Biológico
No outono comemos mais.
A influência dos rítmos sazonais e circadianos (palavra que vem do latim e quer dizer "cerca de um dia"), se fazem sentir no humor, no metabolismo, na imunidade e também, no consumo alimentar.
Um estudo feito em norte americanos observou aumento do consumo calórico no outono em relação às outras estações, associado ao aumento da ingestão de carboidratos, em especial o açúcar. O autor do estudo, Castro (1991) relaciona a maior ingestão de carboidratos à síndrome afetiva sazonal, que ocorre com a diminuição das horas de claridade no ciclo de vinte e quatro horas. Faz parte desta síndrome o aumento da necessidade de horas de sono, preguiça e diminuição da vontade de se exercitar.
Pesquisas tem sugerido que a eficiência metabólica do alimento pode ser diferente dependendo do horário em que se consome.
Refeições calóricas engordam menos se consumidas pela manhã. Um estudo dirigido por Romon (1993), mostrou que o horário de uma refeição afeta a resposta termogênica e pode influenciar no peso corporal.
Há milênios, os orientais, sábios observadores da natureza, ensinaram que a cada duas horas um órgão ou função, estão mais polarizados. Entre cinco e sete horas da manhã é o horário do intestino. É quando a maioria das pessoas acorda e sente vontade de ir ao banheiro. É o momento de eliminação. A seguir vem o horário do estômago, que é das sete às nove horas da manhã. Nesta faixa de horário assimilamos bem uma refeição mais farta.
Das nove às onze horas é o horário do baço-pâncreas, que executa a função de transporte e transformação dos alimentos. Das onze às treze horas é o horário do coração, e nesta faixa do dia não devemos submete-lo à esforços maiores. Ginástica aeróbica e corridas sob o sol do meio-dia devem ser evitados.
O almoço deve ser leve para que não se tenhamos preguiça as três horas da tarde.
Após quatro à seis horas e jejum, o glicogênio, que é uma reserva de glicose que armazenamos no fígado e músculos, é requisitado como reserva energética de liberação da glicose. É quando começamos a sentir fome.
Comer a cada tres ou quatro horas é uma forma de não sentir fome durante uma dieta de emagrecimento.
As hipoglicemias, antes de nos fazerem passar mal, ativam o centro da fome para que busquemos alimentos.
O trabalho noturno afeta o rítmo circadiano, altera hábitos e traz conseqüências ruins para o corpo humano.
Segundo Rutenfranz (1989) e WaterHouse (1997), a troca do dia pela noite traz efeitos adversos sobre o metabolismo e o peso corporal. Queixas estomacais, incidem proporcionalmente mais em trabalhadores noturnos do que diurnos.
A digestão e absorção dos alimentos costuma ficar comprometida nos trabalhadores noturnos, pois entre outras coisas, a secreção do suco gástrico, essencial para uma boa digestão, é menor durante a noite. Uma farta refeição após as nove ou dez horas da no noite produz maior aumento do volume do abdome, fermentações e sensação de incômoda plenitude.
Temos um relógio biológico que mostra que o melhor sono é o da noite.
Segundo os orientais, quem contraria este relógio é punido pela própria natureza. Somos animais diurnos que deveriamos dormir antes das onze horas da noite, por pelo menos seis horas seguidas.
Para minimizarem os efeitos adversos de não dormirem de noite, os trabalhaores noturnos devem esquematizar uma rotina alimentar saudável associada à uma atividade física diária.
Alimentos funcionais, suplementos nutricionais e antioxidantes são elementos que ajudam a proteger e minimizar os danos produzidos pela transgressão do rítmo biológico.
Perceber as sutís interações do corpo com a natureza facilita o trabalho de se cuidar. Observar as nossas vulnerabilidades, tanto nas estações do ano como no próprio ciclo das vinte e quatro horas, nos ajuda a traçar metas para que não nos deixemos envolver, por exemplo, pela vontade de passar o outono em um sofá vendo vídeo, comendo farinhas e açúcar. Nestas horas o nosso lado sério tem que chamar a atenção do lado preguiçoso, ganhar este duelo e colocar o corpo em movimento.
"Em água corrente não pára mosquito"- toda hora me lembro deste ditado. A atividade física aeróbica promove efeito antidepressivo, ajuda na motivação, no prazer, no corpo, na energia e na auto-estima.
Sobremesas frugais, frutas assadas, mousse de frutas, goiabadas sem açúcar do tipo "mariola", e lanches intermediários no meio da manhã e no fim da tarde, ajudam a driblar a vontade de doce que o corpo, às vezes, grita.
Fonte: João Curvo - Viva Melhor
No Outono
Nem tudo é bolor no outono,
tem muito mais calor humano.
Quando a garoa dá uma pausa
o céu tem um azul mais profundo.
Floresce o amor - perfeito
seu aroma invade a cidade.
E as mulheres menos nuas,
atiçam a imaginação masculina...
Depois entre um trago de conhaque
e um bom jazz ao fundo,
fazer amor é muito mais gostoso
Os corpos por prazer...transpiram
Nem tudo é bolor no outono
nas noites não se ouve as cigarras
mas escuta-se a poesia do silêncio
depois de um trago de conhaque.
Andréa Motta
Ctba,29/04/05
Fonte: Jardim da Poesia
E VEM VINDO , MANSAMENTE A NOVA ESTAÇÃO:
INVERNO!!
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