O ÁLCOOL - A DROGA LÍCITA MAIS USADA EM TEMPOS DE COPA!!
As bebidas álcoolicas quando bem dosadas fazem parte de um segmento da gastronomia muito importante, com os vinhos, licores, etc.., mas quando utilizados em excesso ou por aqueles que não podem fazer uso delas torna-se um desastre! USAR COM MODERAÇÃO ou não usar passa a ser uma importante avaliação pessoal, que tal conhecer o texto e avaliar! Um grande abraço!!
A taça que importa
Os cavaleiros do rei Artur saíram em busca do Santo Graal, que seria a taça utilizada por Jesus na última ceia. Com ela, o reino de Artur voltaria a ter paz. Ou, numa outra interpretação, indica a descendência de Jesus (o sangraal ou sangue real) - tal como lemos no best-seller "Código DaVinci", de Dan Brown.
Nos tempos que correm, os novos cavaleiros trocam as armaduras por chuteiras, mas continuam em busca de taças. Sendo que alguns deles nem dela poderão beber, sequer se aproximam, como veremos adiante.
O tamanho da taça. O caso é que ninguém até aqui reclamou do tamanho delas, sagradas ou não, de competição ou não.
Ninguém, menos o Dr. Nick Gully, diretor da Priory Clinic, em Roehampton, pertinho de Londres. O hospital é especializado no tratamento de doenças mentais. E o Dr. Nick cuida de terapias relacionadas a vícios (drogas, bebidas etc.).
Pois esse médico afirma que essa história de taças de vinho muito grandes pode fazer com que os consumidores, os jovens em particular, tornem-se alcoólicos sem querer. O que ele chama de "taças grandes" são as que seguem o estilo da Riedel, a empresa que inventou as taças funcionais: uma taça específica para cada estilo de vinho. São consideradas as melhores do mundo pelo maior crítico de vinhos do mundo, Robert Parker Jr.
O médico fala que em bares hoje o vinho é com freqüência servido em taças enormes, capazes de conter o correspondente a um terço de uma garrafa de vinho - ou seja, 250 ml. Assim, continua o Dr. Nick, as pessoas vão beber muito mais do que imaginavam, colocando-se em risco de uma dependência ao álcool.
Diz o médico que a medida padrão para taças de vinho, em bares e restaurantes, era de 125 ml, mas que agora ficam entre 175 ml e 250 ml (essa última é a unidade padrão de uma xícara).
"As pessoas enchem as taças pensando que está tudo bem, pois estão apenas bebendo uma taça, quando na verdade estão bebendo do equivalente a um terço de uma garrafa de vinho".
"O mesmo acontece nos bares. As pessoas se sentem enganadas quando servidas com uma taça pequena. Esperam sempre taças maiores, medidas maiores. Essas, por sua vez, tornaram-se o padrão e agora a quantidade de álcool que bebemos aumentou" - denuncia o especialista inglês.
A dose recomendada
Há dez anos a média de idade dos pacientes do Dr. Nick era de 45 anos. E agora é de 35. "Tratávamos de pacientes que traziam uma história de traumas psicológicos que teriam contribuído para o seu alcoolismo. O que vemos agora, contudo, é que nossos pacientes não apresentam uma história, uma causa para o seu vício. São pessoas funcionais, bem ajustadas que inadvertidamente desenvolveram o alcoolismo ao longo do tempo. Dizem que não têm problema algum, bebem apenas uma ou duas taças por noite. Mas quando as examinamos mais profundamente, verificamos que desenvolveram uma dependência psicológica e física pelo álcool".
Para finalizar, o Dr. Nick clamou para que todos os bares ingleses voltassem a adotar as taças de 125 ml para vinhos.
Homens são aconselhados a não beber mais do que três ou quatro unidades de álcool por dia. As mulheres não mais do que duas a três unidades. Uma unidade de álcool é igual á 10 ml de álcool puro.
Segundo o Departamento de Saúde inglês, uma taça de 175 ml de vinho, seja tinto ou branco, contém aproximadamente duas unidades de álcool, dependendo o tipo de vinho.
Homens são aconselhados a não beber mais do que três ou quatro unidades de álcool por dia. As mulheres não mais do que duas a três unidades. Uma unidade de álcool é igual á 10 ml de álcool puro. Uma caneca de cerveja (500 ml) tem duas unidades. Acho que o Dr. Nick está vendo as coisas apenas por um determinado ângulo.
Contam uma história aqui em Secretário, Petrópolis, de dois ladrões que confundiram tudo. Com certeza é uma piada. Eles iam rapinar a casa de um veranista. Seria a noite de um dia de semana (com certeza o veranista estava fora, já em sua casa no Rio). Iam pular a cerca quando notaram no jardim aquele imenso panelão. Não notaram que era uma daquelas antigas antenas parabólicas.
"Pelo tamanho do panelão, o cachorro deve ser enorme!" - comentaram. E assim nossos simpáticos ladrões de galinha foram bater em outra freguesia, onde cachorros bebessem água em panelas bem menores.
Pois acho que o Dr. Nick não deve ver fantasmas (ou panelões) no tamanho das taças. Elas foram feitas justamente assim para deixar o vinho respirar, para que o cliente as gire sem respingar em nada, e leve o vinho a liberar seus aromas. Enfim, todo aquele ritual necessário ao consumo adequado da bebida. Isso considerando que o bar não as encha até a boca. Qualquer conhecedor razoável de vinhos sabe disso. E irá devolver a taça.
Conhecendo o doente
Não é pelo tamanho do copo que se conhece o doente. Não é sequer pelo copo. Hitler não bebia. Os monges trapistas (Ordem dos Cistercianos da Estrita Observância), que seguem as regras de São Benedito, fazem cervejas formidáveis, de até 9% de álcool por volume. É uma ordem dedicada à contemplação e trabalho. Seus mosteiros estão de pé e em ordem desde o século 17. A amiga pode encontrar um exemplar da deliciosa e forte cerveja deles, a Chimay, no Zona Sul do Leblon. O único problema dela é que é cara. Pudera, vem da Bélgica. Mas não passe da segunda garrafinha, amiga. Você vai começar a narrar qualquer partida em esloveno.
Acho que já contei isso por aqui. Lá por volta de 1930, descobriu que existimos em três tipos de provadores: os que mal conseguiam detectar sabores e aromas do que bebiam e comiam, pois possuíam menos papilas gustativas; os que conseguiam perceber mais sabores e aromas, pois possuíam uma quantidade maior dessas papilas. E os superprovadores, os que possuem mais papilas do que quaisquer dos outros dois grupos.
O alcoolismo está diretamente associado aos não-provadores, os que possuem menos papilas gustativas. Para os dois grupos acima, normais e superprovadores, o álcool representa um estímulo gustativo desagradável
Para se ter uma idéia melhor. Os não-provadores possuem 96 papilas gustativas por centímetro quadrado. Os provadores médios (ou seja, as pessoas normais) têm 184. Os superprovadores chegam a possuir 425 papilas gustativas. Deve ser o caso do Robert Parker Jr.
Uma descoberta importante foi feita em seguida. O alcoolismo está diretamente associado aos não-provadores, os que possuem menos papilas gustativas. Para os dois grupos acima, normais e superprovadores, o álcool representa um estímulo gustativo desagradável. Por isso, não abusam, não vão adiante. Seja qual for o tamanho da taça. Não correm o risco de cair nas mãos do Dr. Nick. Com esse médico, me parece, continuaremos a beber, só que em taças menores. Se diminuirmos o calibre das balas, o número de feridos e mortos em tiroteios cairá também?
Taça para não beber
No Grande Prêmio de Bahrain (Reino de Bahrain, no Golfe Pérsico), em 12 de março, foi proibida a tradicional cerimônia de abrir e espalhar champanhe pelos vitoriosos, no pódio. Quando a equipe da Williams era patrocinada pela Saudi Airlines, em fins dos anos 70 e início dos 80, seus pilotos sacudiam garrafas com suco de laranja. Álcool é proibido pela religião deles. Tudo bem.
Vinicius de Moraes, que nunca se importou com o tamanho do copo em que bebia o seu uísque, disse que, no caso de ressuscitar, faria tudo igual outra vez. Apenas gostaria de ter o pinto uns dois centímetros maior
Mas nessa Copa 2006 talvez a situação tenha se radicalizado. O melhor jogador em cada partida recebe da Fifa um caneco de prata com a logomarca da Anheuser-Bush (a empresa americana que faz a Budweiser, patrocinadora oficial, com direito a venda da sua cerveja nos estádios alemães). Pois os jogadores da Arábia Saudita estão proibidos de receber o esse troféu, no caso (improvável) de serem escolhidos. Olha que é só o troféu - vazio, sem a cerveja. Aceitar ajuda militar norte-americana nos apertos o país pode. Eta mundinho! Eles não bebem, mas nos deixam tontas.
Vinicius de Moraes, que nunca se importou com o tamanho do copo em que bebia o seu uísque, disse que, no caso de ressuscitar, faria tudo igual outra vez. Apenas gostaria de ter o pinto uns dois centímetros maior (segundo depoimento ao Chico Buarque no documentário "Vinicius", de Miguel Faria Jr.).
Fonte: Site Bolsa de mulher
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