QUE TAL UM CINEMINHA NO DIA DOS NAMORADOS??
Olá amigos! Como sei que a próxima semana vai iniciar cheia de romantismos e programas diferentes para alguns, para comemorar o Dia dos Namorados, aí vai uma sugestão - CINEMA, antes de um bom jantar nada melhor para namorar. Que tal variar dos DVD'S em casa??
Um beijo, feliz final de semana e Dia dos Namorados com seu amor ou sozinho(a) mas feliz !!
UMA VIDA NOVA
(Beautiful Country, EUA/ Noruega, 2004)
Uma das conseqüências do envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnã, na década de 70, foi o nascimento de muitas crianças mestiças, frutos de relacionamentos amorosos de mulheres vietnamitas com soldados americanos. Essas mulheres sempre estiveram à margem da sociedade vietnamita, condenadas por contribuírem com os americanos, enquanto que seus filhos sofreram constantes maus-tratos, mesmo morando com os avós. Binh (Damien Nguyen) é uma dessas crianças mestiças que, aos 17 anos, viaja a Saigon para procurar sua mãe e, depois, escapa para os EUA com o meio-irmão mais novo, Tam (Dang Quoc Thinh Tran), em 1990, a fim de encontrar o pai, que, suportamente, está morando no Estado do Texas.
Direção: Hans Petter Moland
Elenco: Nick Nolte, Thu Anh, Ling Bai, Glen Bradford, Thi Hong Bui, Cleve Chamberlain, Thi Kim Xuan Chau, Dora Chu, Phyllis Cicero, Xuan Phuc Dins, Kirk Griffith, Be He, Phat Trieu Hoang.
Duração: 125 min.
A CRÍTICA
UMA VIDA NOVA
Por Angélica Bito
criticas@cineclick.com.br
A palavra Bui Doi, em vietnamita, significa “menos que pó” e é usada para definir crianças filhas de mães vietnamitas e pais norte-americanos. Essa geração é conseqüência direta da Guerra do Vietnã que, na década de 70, levou milhares de soldados americanos ao país. Essas mulheres, que se envolveram amorosamente com os “inimigos”, sempre estiveram à margem da sociedade, assim como seus filhos.
Uma Vida Nova acompanha o drama de Binh (Damien Nguyen), um Bui Doi afastado da mãe logo na infância e tratado como um escravo na casa de sua família, no interior do país. Expulso, ele viaja a Saigon à procura da mãe, Mai (Thi Kim Xuan), que trabalha numa mansão. Lá, ela arruma emprego ao rapaz, que logo é segregado pela dona da casa. Depois de um acidente, Binh se vê obrigado a escapar aos EUA com o meio-irmão mais novo, Tam (Dang Quoc Thinh Tran). As coisas seguem dando errado para o protagonista, mas, nessa empreitada, ele conhece a bela prostituta Ling (Bai Ling), que o ajuda a escapar de um campo de refugiados na Tailândia e seguir seu caminho aos EUA.
O filme, indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2004 e ao prêmio de Melhor Roteiro de Estreante no Independent Spirit Awards de 2006, é dirigido por Hans Petter Moland de uma forma contemplativa. Na vida do protagonista, o que acontece é uma série de situações trágicas. Binh é tão segregado socialmente que seu sonho é abrir uma loja de sapatos de tanto observar os pés das pessoas ao sempre olhar para baixo. Enquanto as pessoas normais reconhecem os outros olhando nos olhos, Binh aprende a fazer isso pelos pés. Apesar da trágica história, o diretor é capaz de extrair o que há de belo em tudo isso, especialmente por meio das imagens. O protagonista passa por uma série de lugares e situações que só provam que ele não pertence a nenhum deles. Não por ser feio, como todos teimam em dizer, ou mesmo desajeitado, mas por ser sensível demais perante tanta barbárie em sua volta. E a beleza chega no final de uma forma simples, como é Uma Vida Nova: simples, trágico e belo.
SORTE NO AMOR
(Just My Luck, EUA, 2006)
Ashley (Lindsay Lohan) é conhecida por seus amigos como a garota mais sortuda que existe. Por outro lado, Jake (Chris Pine) é o rapaz mais azarado que circula pelas ruas de Nova York. Quando os dois se conhecem numa festa e trocam um beijo, a sorte dos dois vira como num passe de mágica.
Direção: Donald Petrie
Elenco: Lindsay Lohan, Chris Pine, Samaire Armstrong, Carlos Ponce, Bree Turner, Faizon Love, Makenzie Vega, Chris Carmack, M Henry Jaderlund.
Duração: 104 min.
A CRÍTICA
SORTE NO AMOR
Por Angélica Bito
criticas@cineclick.com.br
Sorte no Amor é o tipo de filme que costuma encantar os corações mais românticos, funcionando como um conto de fadas para os mais crescidos. De uma forma descompromissada, o filme agrada ao público que não procura muito mais do que puro entretenimento numa sessão de cinema. Brincando com conceitos de sorte, azar e destino, a produção, dirigida por Donald Petrie (Como Perder Um Homem Em 10 Dias), ainda marca o primeiro papel da atriz teen Lindsay Lohan como personagem adulta.
Lindsay é Ashley Albright. Ela trabalha em uma agência de publicidade e é conhecida por suas melhores amigas – Maggie (Samaire Armstrong, que já participou do seriado The O.C.) e Dana (Bree Turner) – como a garota mais sortuda do mundo. Não à toa. Afinal, enquanto anda pelas ruas de Nova York, Ashley mais parece um imã de boa sorte em situações que ultrapassam o absurdo. Quando ela pisa na calçada, uma chuva torrencial é capaz de parar; os faróis ficam verdes quando ela está com pressa; ela perde um elevador lotado para pegar, em seguida, um vazio, acompanhada somente por um belo pretendente em potencial; tem em suas mãos, por coincidência, o vestido de Sarah Jéssica Parker – ícone fashion nova-iorquino após protagonizar a série Sex And The City. Samantha Stephens (protagonista da série A Feiticeira) não faria melhor.
Paralelamente, acompanhamos Jake Hardin (o estreante Chris Pine), ele mesmo uma verdadeira tragédia em forma de pessoa. Ele tenta, numa sucessão de pequenos desastres, entregar um CD da banda McFly a Damon Phillips (Faizon Love), dono de uma gravadora. Mas, claro, não consegue. Mais uma vez, falha ao divulgar o trabalho da banda de rock-and-roll produzida por ele. Quando Ashley tem a oportunidade de organizar um baile de máscaras para Phillips, ela tem a grande chance em sua carreira, assim como Jake, que resolve entregar o disco nesse evento. Na pista de dança, os destinos dos dois protagonistas se cruzam e as sortes são trocadas, literalmente. Quando se beijam, automaticamente, Ashley se torna a pessoa mais azarada da cidade. Jake, claro, o mais sortudo. De repente, ela perde não somente seu emprego, mas também o belo pretendente e seus pertences após inundação em seu apartamento. Já o rapaz consegue engatar não somente a carreira do McFly, mas, principalmente, a sua como produtor musical.
Sorte no Amor é bobo, previsível e bastante exagerado. E mesmo assim encanta. O diretor está consciente de que se trata de mais um filme romântico. Por isso, conduz as cenas de uma forma certinha, com grandes toques de contos de fadas e elementos mágicos, que também podem ser relacionados ao jogo de sorte e azar proposto pelo roteiro. Com um figurino caprichado, pontuado por camisetas de rock e peças de estilistas famosos – o que combina bastante com a vida cosmopolita levada por seus personagens em Manhattan -, Sorte no Amor não traz nada de novo no cinema. Nem pretende. É entretenimento bobo e sem compromisso, ideal para aqueles dias quando não queremos pensar em muitas coisas.
Em tempo: a banda McFly - cujo nome é inspirado no protagonista do clássico De Volta Para o Futuro (1985) – realmente existe. Apesar de ser apresentada por Jake como “a mais quente de Nova York”, é inglesa e faz bastante sucesso entre os adolescentes ao misturar o hardcore do Blink-182 (uma das referências dos rapazes) e os solos clássicos de bandas como The Beach Boys e Beatles (em sua primeira fase), sem contar o visual e vocais parecidos com as de “bandas de garotos”, como Backstreet Boys.
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